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sábado, 13 de março de 2010

hoje foi só mais um sábado

o dia depois de alguns dias quase a hibernar

Começo o dia pelo fim, estou aqui a esta hora, passa muito da hora em que já deveria estar a dormir.
Não sossego quando durmo, e por isso descanso cansada. Descanso, e falo com ninguém.
Publico a história de Alice no outro blogue, reescrevo...estava mal escrita, e eu cheia de pressa deixei que a mostrassem mal. 

Não sabia que conseguia chorar a ouvir o Abrunhosa....

Hoje o dia foi só mais um , mais um em que me conformo. 
Todo o dia pensei que não sei amar ninguém , durante todo o meu dia , disfarçei-me ouvindo em directo o Congresso do PPD, imagina!!! não podia arranjar um unto melhor para a alma. Bizarro, no mínimo.
E o dia foi só isso, enquanto ouvia discursos disparatados... afugentava os meus fantasmas com agulhas de tricot, e quase sempre calada , fiz quase um casaco inteiro.
Não encontrei dentro de mim nada que me dissesse o porquê...de mim..., talvez nem eu me conheça, não sei porque sofro a perca. 
Há tanta gente que não sofre nada !!
Não sei porque me insisto em ser assim, nem sei porque acredito tanto , nem sei porque o faço. 
Não sei porque me entrego sempre de alma e coração.... mesmo quando não sei se alma e coração haverá em  quem me entrego...
Pensei em ti, pensei em nós e nos sonhos.
Proibi-me de sonhar mais!
Quando sei que sem sonhor não saberei viver, mesmo que o sonho seja quase nada. 
Proibi-me até de pensar, desejei vejetar... não sei viver devagarinho, e nada nem ninguém me acompanha neste meu andar.
Os meus caminhos são cheios de ervas altas, nunca vejo o trilho, nunca vejo o final de nada. 
Caminho quase sem ver, só por intuição, consigo chegar às etapas onde me dizem que tenho que parar.
Ninguém caminha num caminho assim, eu nunca encontro ninguém...
Por vezes, e durante muito pouco tempo, alguém me aparece e me diz que vai andar por ali comigo.
Hoje sei que nunca ninguém vai pisar os mesmos ramos que eu, que ninguém vai querer caminhar sem sítio para se sentar.... hoje sei que sim.
E quem me segura na mão, e comigo dá dois passos devagarinho, rápidamente me larga... e tantas vezes sem me conseguir dizer nada...
Não sei se sei escolher o caminho. 
Sei que terei que andar por ali sozinha, e que sozinho ninguém sabe caminhar.... 
Não sei se voltarei a andar por ali... não sei por onde voltar a andar...
Decido não querer que me segurem na mão. 
Porque depois de aquecidas por alguém, as minhas mãos gelam e ficam retorcidas, entrelaçam-se em si mesmas e ganham uma vida que eu não controlo... 
As minhas mãos não gostam das reticências da minha vida, não gostam que as segurem  e que depois as deixem sozinhas.
As minhas mãos partem-se quando se entrelaçam entre si. 
Não sei como seguir este caminho, se não sei guardar as mãos dentro dos bolsos que não tenho. 
Os meus olhos ardem-me, desejando poder ser olhar de qualquer coisa, os meus olhos acabam sempre por não ver nada. 
Por vezes ficam assim muito abertos, querendo ver tudo duma vez. 
Algumas vezes alguém os beija, mas o tempo é breve... e eles lacrimejam mesmo sem quererem, e depois, depois... ardem-me dias a fio....os meus olhos avizam-me que não podem morrer salgados.
A minha boca fica seca, não tenho água que se beba neste caminho que escolho, não sei escolher os caminhos. 
Neste caminho sem água, a sede aperta-me o coração, a boca seca-me e pede-me que não vá por ali. Ali não haverá água, nem ninguém que a possa alimentar num beijo.
Por vezes, aparecem-me beijos longos, mas sempre tão fugazes... que a minha boca protesta e cerra os lábios com força, pedindo-me assim para que não a abra, para que não a alimente de beijos que acabam sempre por não ser nada....assim a minha boca não se alimenta. 
Fecha-se e já nem sorri.
Não tenho asas, se as tivesse voaria por cima deste caminho, e não teria que pisar ramagens verdes que tão depressa se transformam em troncos secos. 
Se as tivesse não fustigava as minhas mão, daria de beber à minha boca, e secaria os meus olhos inundados em sal. 
Mas não tenho meu amor... e não sei voar.
Se não caminhásse por ali sozinha, alguém me pegaria ao colo para não me cansar as pernas; algué me beijaria sempre que a minha boca o pedisse, alguém enxugava os meus olhos com beijos, bebendo o sal que os queima. 
Alguém me pegaria nas minhas mãos, e as aquecia sempre que tivessem frio, nunca deixando os meus dedos retorcidos....
Se alguém um dia, caminhasse comigo, neste meu caminho eu chegaria ao fim...mesmo sem ver o final, mesmo sem saber as paragens que teria que fazer.... alguém se sentaria comigo no chão, sempre que eu estivesse cansada.
Meu amor...se alguém confiásse em mim, trilhava este meu caminho , sem medo de cair.

E hoje o meu dia foi isto...pensei isto.
Pensei que não sei caminhar sozinha.
E hoje...já não sei que caminho escolher...ou se haverá ainda algum caminho por onde  possa andar...
Hoje sou eu que não encontro o meu caminho.
Hoje nem a minha Lua me aparece 


Talvez um dia...eu possa ser o olhar de alguém :)



































 










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