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quarta-feira, 10 de março de 2010

acordei cansada de conseguir acordar.

O dia em que pensei que o amor se tem que tratar, como se trata um bebé.


Acordei cansada de dormir, acordei cansada de conseguir acordar.
Acordei cansada , deixei.me ficar
Ligas-te , com uma voz acordada e disseste-me para acordar.
Já ontem me tinhas dito para não me esqueçer de viver!
Hoje apeteceu-me não viver o meu costume, e sem me aperceber, fiz tudo aquilo que costumo fazer. 
Talvez com medo do que não conheço, tal como as crianças, encontro conforto em histórias repetidas adivinhando o final .
Não quero que a nossa história termine sem final nenhum, não quero que não começe. 
Disse-te que sim, que Upa! que iria sair de casa, que iria trabalhar ... 
Sentei-me na cama, depois de ter vasculhado toda a casa à procura dum isqueiro. 
E tu, gafanhoto, sempre com tantas coisas para fazer, tantas... e tão distantes de mim.
Adormeci e sonhei sonhos que me lembro de não gostar, não sei como eram , mas enxarcaram-me a cabeça em dor. 
Não comi, saí para a rua, andei de carro .
Levei um filme alugado ao clube de video , entrei em lojas para não compar nada.
Mando-te uma sms a dizer que ando ás voltas, a dizer que penso na vida. 
Queria dizer-te o quanto estava preocupada contigo. Não o disse para não te preocupar.
Estás tão longe, sinto-te longe, é normal ... não estás bem 
E transformamos estúpidamente, a felicidade em dor. Parece fado. Parece lamúria repetitiva. 
Eu não posso ser tu. Isso eu não consigo.
Partiste há uns tempos atrás, partiste e não voltaste mais... não te voam as asas. 
Perco-te no meu pensar constante, a dúvida constante, passeia sem eu querer à minha volta.
Em tudo isto pensei, durante as minhas voltas pensadoras.
Chego a casa e escrevo. Penso que sei escrever mas não sei.
Tal como me dizia ontem o "azeitoninhas":
- mãe tu sabes lá o trabalho que dá escrever!...
Eu sei lá---- não sei mesmo, a mim não me dá trabalho nenhum .
Meu amor ( deixa-me tratar-te assim), perco-te na minha cabeça, só porque não entendo a tua falta de urgência.
Não entendo os ritmos , não acompanho os compassos de espera , meço tudo por mim ...é só por isso.
Fazendo sopa, ali na mini cozinha, penso que não alimentamos o nosso amor. Podia ser com sopa de legumes, podia ser com ovos e espinafres. 
Podiamos comer os dois,  com amor. 
Matavamos dois coelhos duma só vez , alimentavas-te a ti e ...a nós .
O nosso nós tem sede. E dei de beber ao meu pai que me visitou pela noitinha,  bebeu da garrafa que ali está paar ele. Eu nunca bebo nada sozinha, não me dá jeito . E assim, o líquido das garrafas permanece no mesmo nível dias a fio. 
Se aqui estivesses, bebíamos a água com piquinhos que comprei muito antes de ir para Paris, continua ali, com o plástico que envolve as seis garrafas, e elas estão assim juntinhas , como nós não estamos.
Jantei a sopa que fiz.
E já depois da sopa, olho as imagens da televisão, que passa novelas umas atrás das outras.
Ouvi o presidente e não percebi nada do que ele disse, não percebo nada deste País, não percebo nada de novelas, não percebo nada de mim.... nem de ti. 
Nunca percebi nada do amor.
Mando-te uma sms pedindo para me ligares, respondes-me que vais sair, vais dar uma aula à noite.... 
e depoiis da noite começar, tu entras no mundo onde eu não posso entrar. 

E meu amor... é inevitável que encontre tantas semelhanças numa história arrefecida, não a quero requentar. 
Reescrevo a minha antiga história no outro blog, tanta gente a seguir...tanta gente a esperar saber o que se vai passar... e eu com medo de a tornar a viver....

Medo, e agora, avançada a hora. è sempre assim as horas da noite são poucas para mim...somos tão diferentes Quim , tão deliciosamente diferentes. 
Nesta avançada hora penso no medo, penso no que nos espreita, no medo presente em todos os actos, o medo que esfrega as mãos preparando-se para dar cabo de tudo.
Eu sinto-o, em ti.... em mim...
Sei que não estás nada bem , sei que não contas comigo, talvez por não estares habituado a ser importante para alguém . Sabes o que é o amor? 
Ninguém sabe...
eu também não sei... penso que mesmo não o conhecendo,  não o estamos a deixar viver. 
Como um bebé que nasce, e que por ser tão frágil, não sabemos o que fazer só para não o magoar. 
Só podemos alimentar os bebés quando nascem, só os podemos afagar no nosso colo, só podemos tentar que sorriam , só podemos agarrá-los para que sintam o nosso coração bater. Aos bebés fazemos assim, sem perceber nada deles.... choramos quando não sabemos o que lhes fazer... 
Lembro-me que foi assim com o azeitoninhas.
Ao amor, ou lá o que é isso, teremos que fazer o mesmo, abandonado não sobrevive. 
Morre um dia numa esquina qualquer, sem que ninguém dê por isso....
Amanhã é jantar de festa lá no escritório, lá vou eu apalhaçada.
E penso ...penso demais ... que depois de tudo e apesar de tudo, depois de todo o tempo passado, eu não sei ensinar o meu amor a ninguém . 
Posso dizer que te amo, assim devagarinho...?


e porque hoje estou assim 


































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